sábado, 19 de novembro de 2011

POEMA: NOTURNO

Não sei por que, sorri de repente
E um gosto de estrela me veio na boca...
Eu penso em ti, em deus, nas voltas inumeráveis que fazem os caminhos.

Em Deus, em ti, de novo...
Tua ternura simples...
Eu queria, não sei por que, sair correndo descalço pela noite imensa
E o vento da madrugada me encontraria morto junto de um arroio,
Com os cabelos e a fronte mergulhados na água límpida...
Mergulhados na água límpida, cantante e fresca de um arroio!

( Do livro O aprendiz de feiticeiro de Mário Quintana)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011