Música: FORA DE SI
Eu fico louco
Eu fico fora de si
Eu fica assim
Eu fica fora de mim
(...)
Arnaldo Antunes
Neste caso a transgressão gramatical é propositadamente feita para indicar uma desordem psíquica ou uma confusão entre o sujeito e o outro, ou ainda um jogo de palavras que traz a noção de presença e ausência.
Música: A GENTE SOMOS INÚTIL
A gente não sabemos escolher o presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos
nem escovar os dente
Tem gringo pensando que nós é indigente
Inútil
A gente somos inútil.
Roger Moreira( Ultraje a Rigor)
O autor manda a regência e a concordância às cucuias e de forma debochada enfatiza a idéia de um país acostumado a conviver com a precariedade e a ineficiência em vários setores.
domingo, 25 de maio de 2008
LIMITES
Oh! não sou quem penso que sou
Sou desmedida
nunca vejo a medida exata
Ultrapasso as expectativas
Atropelo os limites
Inconformo-me com os teres
ou será com os seres?
Busco incansavelmente estes
encontro, mas insatisfeita fico
Quero mais do que podem me dar
E mais do que posso receber.
Marlucy
Sou desmedida
nunca vejo a medida exata
Ultrapasso as expectativas
Atropelo os limites
Inconformo-me com os teres
ou será com os seres?
Busco incansavelmente estes
encontro, mas insatisfeita fico
Quero mais do que podem me dar
E mais do que posso receber.
Marlucy
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Resumo: MORTE E VIDA SEVERINA
"(...) E não há melhor resposta que o
espetáculo da vida..."
João Cabral de Melo Neto
espetáculo da vida..."
João Cabral de Melo Neto
Morte e vida severina, belíssimo poema dramático, de João Cabral de Melo Neto, narra a história, ou melhor, a peregrinação do retirante Severino desde o sertão Pernambucano, onde vivia, até sua chegada a Recife. Nada mais é do que um lavrador fugindo da seca e da miséria e indo em busca de trabalho na cidade grande.
No caminho, o personagem-protagonista se depara com vários acontecimentos lúgubres. Logo no início de sua jornada dá de cara com um defunto que estava sendo conduzido por dois homens até o cemitério. E se propõe a carregá-lo no lugar de um dos dois. Este moribundo representa a companhia da morte ao longo de todo o percurso, como também, a luta pela terra, visto que tratava-se de um lavrador , cuja morte foi fruto da pistolagem de fazendeiros para tomar-lhe a terra.
Severino perde-se naquele agreste, na imensidão do leito seco do rio Capibaribe. Cansado da viagem ele a interrompe por um tempo. Procura um trabalho, entretanto, o único ofício que encontra é o de rezadeira, para o qual não é apto. Chega à Zona da Mata e mais uma vez dá uma pausa na travessia. Aflora nele a esperança de mudar de vida ao se aproximar do mar, porque ali a terra é boa e a água jorra nas cacimbas.
Vê ao longe os campos verdejantes de cana, mas a miséria dos trabalhadores é a mesma. Nesta ocasião, assiste a um enterro de um trabalhador braçal que nunca viu seu sonho se realizar: a reforma agrária.
A desilusão é inevitável devido a tanta miséria que vê. E Severino almeja chegar logo no litoral. Ufa! Finalmente o nosso herói chega ao seu destino.
Infelizmente, o último fio de esperança foi desfeito ao saber que naquele lugar os retirantes não tinham direito nem a um enterro digno. Restava a eles apenas a indigência. Estava na capital, mas o sofrimento era o mesmo. O que vê nos manguezais são homens misturados ao barro, vivendo em condições precárias, morando em barracos. Isso foi a gota d'água que faltava para o retirante entrar em desespero e querer afogar-se. O mesmo rio que havia lhe desapontado antes, agora estava ali para servir-lhe de aparato funeral. Porém aproxima-se dele um morador daquele mangue, " Seu José, mestre carpina", depois de ser indagado pelo retirante sobre a profundidade do rio, com sua sabedoria de muitos anos de vida severina, desperta-lhe alguma esperança.
Eis que Seu José é interrompido por uma vizinha que lhe dá a notícia tão aguardada: o nascimento do seu filho. Severino os acompanha e presencia a homenagem que os vizinhos fazem à criança. E os presentes que a ela são oferecidos. A boa nova foi anunciada por duas ciganas que leram a sorte do menino: "mesmo sendo uma criança de sete meses, raquítica, terá uma vida melhor que a de seus pais."
Seu José pergunta a Severino se ainda vale a pena se matar depois de presenciar o nascimento da própria vida e ele se convence de que a morte não compensa, ainda que a vida seja como a dele: severina.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
RESUMO: O PRESENTE PRECIOSO
O Presente Precioso( Record, Spencer Johnson M. D.) é um texto extraordinário. Destinado àqueles que buscam uma leitura, simples, rápida e com uma mensagem fecunda de esperança. Você vai deleitar-se numa parábola, cujo objetivo é encerrar uma grande verdade: cada instante de nossa vida é uma dádiva.
O autor narra a história dum menino que começa a descobrir o Presente Precioso ao ouvir um velho sábio. Há um diálogo interessante entre eles. A "ingenuidade" do menino dá ao texto um toque especial, envolvente. Primeiro, o garoto pensou que este presente era um bem material, mas ele "refletidamente" percebeu que um presente comum não dura para sempre. E foi mais além. Imaginou que pudesse ser um amuleto capaz de realizar sonhos ou que o levasse pra qualquer lugar.Ou ainda um tesouro escondido, mas não era. O presente precioso nada tinha a ver com sonhos, com lugares, nem com riqueza.
O menino tornou-se rapaz. Viajou mundo afora com a determinação de descobri-lo por si mesmo. A sua busca angustiante lhe trouxe o esgotamento fisico. Agora frustrado e enraivecido voltou a sua terra e procurou mais uma vez o velho. Sentia-se feliz ao lado dele e percebeu que isso acontecia porque este era feliz consigo mesmo. Mas ainda não havia descoberto. Muito tempo se passou e o homem estava muito infeliz e muito doente e o velho havia falecido. Somente quando ficou sozinho foi que ele compreendeu que o Presente Precioso era apenas viver o presente de cada momento. E foi feliz de novo.
No fecho do livro, o autor enfatizou o processo de aprendizagem de todo ser humano em vivenciar este Presente Precioso. E todos podem um dia descobri-lo, basta querer.
O autor narra a história dum menino que começa a descobrir o Presente Precioso ao ouvir um velho sábio. Há um diálogo interessante entre eles. A "ingenuidade" do menino dá ao texto um toque especial, envolvente. Primeiro, o garoto pensou que este presente era um bem material, mas ele "refletidamente" percebeu que um presente comum não dura para sempre. E foi mais além. Imaginou que pudesse ser um amuleto capaz de realizar sonhos ou que o levasse pra qualquer lugar.Ou ainda um tesouro escondido, mas não era. O presente precioso nada tinha a ver com sonhos, com lugares, nem com riqueza.
O menino tornou-se rapaz. Viajou mundo afora com a determinação de descobri-lo por si mesmo. A sua busca angustiante lhe trouxe o esgotamento fisico. Agora frustrado e enraivecido voltou a sua terra e procurou mais uma vez o velho. Sentia-se feliz ao lado dele e percebeu que isso acontecia porque este era feliz consigo mesmo. Mas ainda não havia descoberto. Muito tempo se passou e o homem estava muito infeliz e muito doente e o velho havia falecido. Somente quando ficou sozinho foi que ele compreendeu que o Presente Precioso era apenas viver o presente de cada momento. E foi feliz de novo.
No fecho do livro, o autor enfatizou o processo de aprendizagem de todo ser humano em vivenciar este Presente Precioso. E todos podem um dia descobri-lo, basta querer.
Marlucy
sexta-feira, 2 de maio de 2008
DELÍRIOS
Não chegas o tempo
Por que tardas?
Se não vens pára tudo
A cegueira toma-me
Meus sentidos paralisam
Ataques taquicardíacos
Pensamentos estagnados
se ao menos me viesse um fio de esperança
uma esperança real
Que não fosse vã
Que de devaneios não viesses
Que me indicasses um caminho
Um caminho para o amor.
Marlucy
Por que tardas?
Se não vens pára tudo
A cegueira toma-me
Meus sentidos paralisam
Ataques taquicardíacos
Pensamentos estagnados
se ao menos me viesse um fio de esperança
uma esperança real
Que não fosse vã
Que de devaneios não viesses
Que me indicasses um caminho
Um caminho para o amor.
Marlucy
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